O MacGuffin: setembro 2007

sexta-feira, setembro 28, 2007

Um longo parêntesis *

Na mui nobre e não raras vezes achincalhada democracia representativa portuguesa, participei algumas vezes. Não muitas porque, com tempo, pendi para o grupelho dos irresponsáveis e perniciosos abstencionistas por convicção (e a «convicção» aqui é absolutamente pejorativa). Exceptuando as vezes em que votei no Miguel Esteves Cardoso (já não me lembro se uma ou duas vezes), votei sempre PSD. Nunca votei, por exemplo, no CDS ou no PP (ou no CDS-PP). Votei Cavaco (em 1987 e 1991), votei Fernando Nogueira (em 1995), votei Durão Barroso (em 2002) e, finalmente, votei novamente Cavaco (em 2006). Para além destes actos eleitorais, abstive-me sempre. Nalguns círculos, sou considerado um mau cidadão. Noutros, um pária. Seja como for, the damage is done. Não há nada a fazer.

Deixemos o ego e voltemos ao PSD. Em primeiro lugar, o óbvio: o PSD é um partido com uma ideologia difusa – como o são, ou tendem a ser, a generalidade dos partidos de poder, pertencentes ao denominado «centrão». À excepção do grupo dos apoiantes e militantes empedernidos da extrema-esquerda ou da extrema-direita - para quem o nível de afectos e o índice de cumplicidades com os seus partidos é matéria indiscutível - ninguém minimamente sério ou sóbrio poderá afirmar que se «identifica» totalmente com determinado partido. O que existe é, acima de tudo, um conjunto de «simpatias» ou «aproximações» que dão origem a uma espécie de curva de tendência que nos aproxima mais deste ou daquele partido. Dito isto, pode dizer-se, com relativa precisão, que sempre simpatizei – sobretudo por razões que se sobrepõe à mera morfologia ideológica – com o PSD, da mesma forma que, de quando em vez, me irrito (olha aí a úlcera, rapaz) ou me divirto com o que se passa dentro desse partido.

Pouco há a dizer sobre o que se passa actualmente no PSD. O partido entrou num longo parêntesis existencial, durante o qual dúzia e meia de crianças se diverte aos índios e cowboys. Entendamo-nos: por muito afável e «moderado» que Marques Mendes seja, não sairá dele nada de substancial ou relevante para o futuro do partido. Não sendo uma nulidade, é uma inconsequência. Por muito voluntarista, dinâmico ou «rijo» que Luis Felipe Menezes seja, ninguém dele espera grande seriedade programática ou um conjunto homogéneo de ideias com aplicação concreta. A retórica de ambos é, aliás, clarividente: nenhuma ideia de fundo – transformadora, diferenciadora do modo socrático, realista e com objectivos de médio-longo prazo – foi produzida. Nenhum deles apresenta um raciocínio coerente e estruturado. Pelo contrário: o conservadorismo medroso e cinzentão de um – Mendes – e a postura de liberal franco-atirador, circunstancial e acessória, de outro – Menezes – não deixam marca alguma a não ser a de um profundo vazio. Um vazio que ambos tentam preencher com o pior de ambos e o pior dos partidos: as guerrinhas internas, os temas mesquinhos, as vendettas alheias ao país e ao mundo.

O PSD vai ter que esperar. Quer queiram (como parece ser o caso), quer não queiram, Mendes e Menezes não passam de figuras menores. O PSD seguirá dentro de momentos.

* Publicado originalmente aqui.

Para a bebé

Herbert.



domingo, setembro 23, 2007

Parabenizar vale a pena

O Estado Civil celebra dois anos. Parabéns ao Pedro. Como diria Mário Crespo, pela «excelência de conteúdos». Deixo-lhe uma monografia sobre o Belo e o Sublime.


segunda-feira, setembro 17, 2007

Honra?

Portugal 13, Nova Zelândia 108. A honra de perder por menos de 100 pontos de diferença” in Público.

É sempre assim: quando se está na mó de cima, as vitórias são uma obsessão. O «desportivismo», o «salutar» espírito de competição, o fairplay, etc. não interessam nem ao menino Jesus. Quando, pelo contrário, se perde – mais ou menos vergonhosamente – a retórico muda: interessa sobretudo «participar», sair de campo de «cabeça erguida», demonstrar «desportivismo». E por aí fora.

Antes do jogo com a Nova Zelândia, falava-se que o objectivo era fazer melhor que a Itália. Ou seja, perder por menos. Um objectivo, já por si, ridículo. Como a coisa não se verificou, arranjou-se nova fasquia, à medida do resultado: não se perdeu por menos de 100. Caso o resultado fosse 15-214, imagino que a «honra» estaria no facto de Portugal ter perdido por menos de 200. Se o resultado fosse 1-589, o feito conducente à «honra» estaria no facto da diferença ser inferior à raiz quadrada de 350.000. E por aí fora. Falar em «honra» ou «desonra» não faz sentido. Mas se tivéssemos que escolher entre estes dois vocábulos para caracterizar o resultado e a prestação de Portugal, não tenho a mínima duvida de qual seria o mais adequado.

Perigo amarelo (3)

Parece que Sua Santidade «o Dalai Lama» esteve por cá e que o nosso governo e o nosso Presidente da República se portaram muito mal. Não quiseram saber do facto, não receberam o homem, não quiseram ouvir as suas doutas palavras - que os libertaria do complexo novelo filosófico-existencial que, por estes dias, os habita e confunde. En passant, trataram a religião do homem como «menor». Consta que tudo por causa da China. A ser assim, não deixa de ser vergonhoso (duplamente vergonhoso) o comportamento do PS – já no tempo de Guterres, o Católico, o fizeram – e do Sr. Presidente. Sampaio, ao menos, arranjou maneira de encontrar o homem quase que por acaso – género “Olha quem aqui está… o Dalai Lama! Então, por aqui?”. Teria sido tão fácil. Bastava que alguém do PS orquestrasse um encontro fortuito (e o PS é exímio em encontros e situações fortuitas, como atesta o caso da Máfia dos Bingos). Exemplos: na Versailles over breakfast; no El Corte Inglês, secção de atoalhados; em ambiente de maior patine e sofisticação, ao almoço na Bica do Sapato; na Zé dos Bois no BA, em registo avantgarde; na Capela das Albertas, à conversa com Dalila Rodrigues. E por aí fora. As opções eram às milhares.

Perigo amarelo (2)

As «lojas dos chineses», disseminadas um por pouco por todo o lado, foi a melhor coisa que aconteceu aos lojistas tradicionais. Por duas ordens de razão. A primeira, porque o comércio tradicional arranjou o bode expiatório preferencial para a sua decadência – uma decadência, na maior parte do casos, miserável e sem ponta de dignidade. A segunda, porque com as lojas chinesas, o comércio tradicional tem, ou melhor, teria a oportunidade de apreender algumas lições.

A primeira, e mais obviamente ululante, é que as lojas chinesas existem porque têm público e o público das lojas chinesas pode, ou deve, não interessar ao comércio tradicional. Ou seja, a «culpa» que o comércio tradicional atribui às lojas chinesas é inteiramente de quem as alimenta: o público/consumidor.

Depois, basear a estratégia comercial no factor preço, aliada à baixa qualidade dos produtos, é uma estratégia suicida porque os chineses fazem isso melhor que ninguém.

Por outro lado, há lojas no comércio tradicional – provavelmente a maioria – cuja qualidade – de instalações, de produtos e de atendimento – é miserável.

Finalmente, as lojas chinesas estão realmente abertas, disponíveis, acessíveis, etc. Eles não fecham para ir tomar um cafezinho, ou não fecham porque têm de ir passear com a família, ou não fecham para fazer «ponte», ou não fecham porque simplesmente não vale a pena abrir (“é Sábado, está a ver, não vale a pena abrir, não aparece cá ninguém”).

Perigo amarelo (1)

A Protecção Civil colocou em «Alerta Amarelo» vários distritos do país porque, alegadamente, “vai chover”.

O que é que se passa com este país?

sexta-feira, setembro 14, 2007


Pois claro que fico chateado

Confesso que o recente incidente «Scolari» me deixou acabrunhado. Aquela pífia tentativa de acertar no sérvio foi aviltante. Quando um individuo perde as estribeiras e se atira descontrolada e vertiginosamente a caminho de fazer cocó/púpú, manda o bom senso que se deve assumir e enfrentar corajosamente essa nova condição (a de arruaceiro, bruto, maluco, besta, etc.). Até às ultimas consequências. Ou isso ou acaba-se a fazer figura de merdoso/medroso. Lá diz o povo, e com razão, «já que se tem a fama, que se tenha o proveito». Ora, Scolari tem neste preciso momento a fama agarradinha à sua epiderme que nem uma lapa (já com tentáculos na derme) e o bom do proveito nada. Népias. Rien de rien. Eu, se fosse ao Scolari, metia-me num avião até à aldeiavic do Dragutinovic e acabava o servicinho. Mas, pelo sim pelo não, a avaliar pela destreza e o «jeitinho» do bracinho do brasileiro na hora da distensão rumo às fuças do sérvio, aconselhava-o a levar uns gorilas. Discretamente, é claro, não vá a coisa aparecer no You Tube.

quinta-feira, setembro 13, 2007

A propósito de

Mudar de vida

Vai longa, embora quase no fim, a discussão blogosférica em torno dos “livros que não mudaram a vida”, da qual deu boa conta a Charlotte. Arrisco, ainda assim, um derradeiro comentário, em jeito de conclusão.

Em primeiro lugar, parece-me que a lista foi criada com um intuito: o de afirmar, com certo ar blasé, que determinadas obras, supostamente «incontornáveis», não aqueceram nem arrefeceram o dono da lista. Dito de outra forma, a lista foi criada para, de alguma forma, chacotear ou menosprezar obras eminentes, ou, pelo menos, pôr em causa as putativas virtudes ou os inquestionáveis alcances que são atribuídos às obras «(con)sagradas». Nada de mais inconsequente e pateta, portanto. Desde logo porque, enumerar cinco, dez ou quinze livros «que não mudaram a minha vida» parece querer significar que todos os outros o fizeram. Absurdo total. E, claro, há obras que pura e simplesmente não podem ser menosprezadas ou menorizadas.

Em segundo lugar, é evidente que os únicos livros capazes de mudar verdadeiramente a vida de alguém – e repare-se que para mudar «a vida», à leitura de uma determinada obra tem de corresponder um sem número de circunstâncias que caprichosamente se acotovelaram num período específico, concorrendo para um momentum excepcional – serão, sobretudo, os primeiros livros, ou seja, aquelas obras que cada um de nós «descobriu» no início da experiência de ler. Mas mesmo assim, como já referi, teriam de estar reunidas circunstâncias especiais, provavelmente dramáticas, que, conjugadas com a leitura, determinariam essa mudança. Exemplo: é provável que um jovem que nasceu e cresceu no seio de um regime totalitarista como foi o regime soviético e que, em determinado momento, tenha tido acesso ao Arquipélago de Gulag do Solzhenitsyn ou ao A Tomada do Poder de Milosz, pudesse afirmar que aqueles livros mudaram a sua vida.

Em terceiro lugar, estou em crer que à medida que se vão consumindo livros, a probabilidade de encontrar uma obra que mude a vida de alguém será cada vez menor (e estamos já a falar de graus de probabilidade baixíssimos). Para o ser humano médio, habituado a uma vida normal no actual estado civilizacional (a ocidente), e após anos de leitura de obras «maiores» (e dispenso agora a discussão sobre o que é uma obra «maior»), é completamente falso afirmar, ou tratar-se-á de um grosseiro equivoco, que determinada obra voltou a mudar (se é que alguma alguma vez mudou) a sua vida.

E, chegados aqui, teremos que entrar na discussão dos graus de mudança. Se o «mudar de vida» se refere a uma mudança radical de mentalidade ou a uma profunda alteração da perspectiva da nossa existência que tenha, ela própria, conduzido a uma mudança filosófica e/ou comportamental indelével, então meus amigos: 99,99% dos livros que lemos não mudaram coisa nenhuma. Se, pelo contrário, o «mudar de vida» significa uma abertura de cabeça que nos permitiu observar o mundo de outra forma ou uma experiência literária que nos encantou e da qual retirámos um prazer raro, colocando o autor entre os nossos preferidos, haverá certamente muitos livros elegíveis para essa categoria (e mesmo assim não serão às dezenas).

Indo pela versão da mudança «a sério», a minha tese é clara: são raríssimos os livros capazes de mudar a vida de alguém e, a consegui-lo, a sua leitura terá de ter sido conjugada com momentos ou circunstâncias pessoais muito concretas e excepcionais, «exteriores» à obra. Mesmo assim, duvido que alguém um dia consiga construir uma lista de livros que «mudaram a sua vida» que ultrapasse três ou quatro obras.

terça-feira, setembro 11, 2007

11 do 9


sábado, setembro 08, 2007

Olha, estes tipos são muita bons

quinta-feira, setembro 06, 2007

Também tu, velha carcaça

O Tiago, na sua "Crónica de calçado", informa-nos de que lhe compraram no Freeport uns ténis Adidas Gazelle em rosa. A escolha só diz bem de quem os comprou e ainda mais de quem os calça. Também eu, há coisa de ano e meio, comprei no mesmíssimo Freeport uns Adidas Trimm-Trab (presumo que mais raros). Seja como for, uma casa sem uns Adidas clássicos não é casa, não é nada. Por um preço estupidamente baixo, comprei, também, uns One Star verdes (17 euros). Mas a jóia da coroa foram mesmo os Puma Ouninpohja (47 euros). Eis a sequência.

Ténis 001
Ténis 004
Ténis

Eu hoje não acordei assim *

Paul_Newman

* com a devida vénia.

Valor seguro

O único remake digno de registo e com futuro assegurado:

Mini

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Salzburgo

Uma das minhas cidades preferidas, à qual regresso sempre com enorme prazer.

Imagem 076

Olha, olha, o Mainardi

Não sabia que o Sr. Mainardi tinha casa em Veneza.

Venice

Conselhos para turistas anti-“países áridos e exóticos cheios de mosquitagem e com forte propensão para a ocorrência de dejecções líquidas frequentes”

Em Frankfurt, não deixem de comer na Brasserie. É na praça da Ópera (da velha, não da nova).

Brasserie

Conselhos para turistas anti-“países áridos e exóticos cheios de mosquitagem e com forte propensão para a ocorrência de dejecções líquidas frequentes”

Em Salzburgo, tentem o Hotel Elefant. E se optarem por uma refeição rápida, género self service, escolham um dos Nordsee (há dois na mesma rua, na rua onde Mozart nasceu).

Elefant

quarta-feira, setembro 05, 2007

Intocável?

Resolve um indivíduo declarar a sua admiração por Pacheco Pereira – em contraponto a outras opiniões - não sem antes deixar de lhe apontar o defeito da praxe ou a fraqueza tísica, e o que é que acontece? Irrompem comentários que nem cogumelos criticando veementemente a «alarvidade» da critica ao ponto de a transfigurarem numa insustentável declaração de ódio, numa encapotada mensagem de desamor, num vil argumentum ad hominem. Tudo ao contrário, portanto.

É curioso verificar até que ponto a generalidade desta gente não percebe que se pode gostar de alguém – no plano das ideias e da opinião - sem ter que se optar por uma pateta e patética postura de subserviência, ou por um apelo cego à intocabilidade da personagem. Que eu saiba, Pacheco Pereira não é intocável. E, convenhamos, essa atitude de barata tonta, sempre pronta a vir a terreiro para socorrer o melindrado «homem sagrado», é um pouco ridícula. Repito: o homem não é intocável. Nem ele o quereria ser.

PS: já percebi que errei no timing. Parece que Paulo Portas anda numa grande azáfama, em plena rentrée política. Como escrevi o que escrevi agora, e como Pacheco Pereira odeia Paulo Portas (e, suponho, vice-versa), já não escapei à colagem do epíteto de «ajudante da rentrée do Paulinho». É a vida. Tivesse eu encurtado as férias em Veneza e Salzburgo e estaria agora a salvo da fatal insinuação. Sou uma besta.

Para encerrar o assunto (ou talvez não)

Durante a minha ausência, o Ricardo resolveu responder da única forma possível à minha pergunta “Meu Deus, onde pões tu o Ellington: atrás do Coltrane?!”, recorrendo, como lhe competia (e ele é competente nesta e noutras matérias), ao famoso e imprescindível e monstruoso disco Duke Ellington & John Coltrane (Impulse Records). Apraz-me pensar que, com isto, consciente ou inconscientemente, o Ricardo lá acabou por não isolar o Coltrane (até porque a solidão é lixada) no seu podium (o do “maior músico de jazz de sempre”). Apraz-me pensar que, afinal, para o Ricardo, o Sr. Ellington pode figurar ao lado e não abaixo do seu (nosso) querido Coltrane. Isto, apesar do posterior post intitulado Argumentos finais, uma notória provocação que um dia destes será devidamente retribuida sur la table.

portugal_mapa

terça-feira, setembro 04, 2007

Olá, boa tarde, eu gosto do Pacheco Pereira

(publicado aqui e aqui)

Ao contrário da maioria dos meus colegas no 31 da Armada e no blogue da Atlântico, eu gosto do Pacheco Pereira (perdoar-me-ão o coloquial "do" ao invés do formal "de"). Mas há em Pacheco Pereira uma espécie de estupidez latente sempre que ele regurgita o seu nojo e o seu ódio de estimação em relação aos putativos blogues e simpatizantes do Paulinho e do seu partido (ou, de forma mais abrangente, da direita «chique» e «popular»). O asco que Pacheco Pereira tem de Paulo Portas tolda-lhe o bom senso e coloca-o num perene exercício de má-fé, desconcertante e feio. Mas é a isso que assistimos: na hora do ataque, Pacheco Pereira cega e embrutece de forma pouco edificante e acima de tudo nada elegante. Os insultos gratuitos – velados ou não – dirigidos à suposta «canalha» seguidista do PP - partido e persona – vão contra a sua imagem de «homem sério» e delapidam o capital de respeito intelectual que sempre nutri por ele. É um facto que, ao contrário dele, eu não sou nada e poucos (estou ao ser optimista) se importarão com o que penso. E Pacheco Pereira estar-se-á certamente nas tintas para a minha verbosa opinião.

Ainda que para uma pequena paróquia, insisto: a forma como Pacheco Pereira põe no mesmo saco toda e qualquer criatura que escreve neste ou naquele blogue, ou nesta ou naquela revista que ele elegeu como vulgares e canídeas «vozes do dono», não passa de falta de respeito e de desonestidade intelectual. Há por aqui e por outros poisos gente que nada tem que ver com o PP e o Paulo Portas e o Telmo Correia e o raio que os parta (e mesmo que tivessem, mereciam respeito), mas, ainda assim, para Pacheco Pereira fazem parte da mesmíssima corja, com a mesmíssima «agenda», defendendo os mesmíssimos «interesses» e odiando-o a ele como se odeia o pior inimigo. Trata-se de um tipo de desonestidade que se vislumbra à distância, por exemplo, em Jorge Coelho e não era suposto sentir-se em Pacheco Pereira. Um tipo de ataque injusto, cegamente generalista e puerilmente desleal que era suposto estar erradicado do modus operandi de Pacheco Pereira - homem de letras, racional, inteligente, um pouco deslumbrado e assombrado mas quase sempre senhor de bom senso. Contudo, não está. Estranha e desgraçadamente, digo eu.
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